A escolha entre acumular bens materiais ou experiências de vida, após uma certa idade
- Eduardo Oliveira

- 16 de set.
- 2 min de leitura
A sociedade contemporânea frequentemente valoriza a acumulação de bens materiais. Consumir se tornou quase uma norma. O marketing e a publicidade estão presentes em todos os lugares, reforçando a ideia de que a felicidade está diretamente ligada ao que possuímos. As redes sociais também intensificam esse cenário, mostrando imagens de sucesso constantemente associadas a carros, roupas de grife, casas luxuosas e conquistas financeiras.
Mas será que isso realmente traduz o que importa na vida, especialmente quando chegamos a uma certa idade? A pergunta não é simples, e por isso vale refletir com mais calma.
Ao lado da busca por bens, existe a valorização das experiências de vida. Viagens, aprendizados, relações interpessoais e momentos culturais ou gastronômicos têm um peso especial na construção de memórias. Pesquisas mostram que experiências geram mais felicidade a longo prazo do que objetos, justamente porque ficam registradas em nossa história pessoal e fortalecem vínculos com outras pessoas.
É claro que os bens materiais também têm seu papel: oferecem segurança, conforto e até prazeres imediatos. Comprar algo desejado pode trazer satisfação momentânea, e certos bens, como uma casa ou um carro, de fato contribuem para a qualidade de vida. No entanto, esses prazeres tendem a ser passageiros e rapidamente substituídos por novos desejos.
As experiências, por sua vez, moldam nossa personalidade, ampliam horizontes e nos tornam mais resilientes. Viagens para lugares desconhecidos, novos esportes ou desafios cotidianos ajudam a lidar melhor com adversidades. Além disso, experiências compartilhadas criam laços profundos, fortalecendo relações e deixando um legado que vai muito além do material.
Outro aspecto importante é que experiências nos ensinam a valorizar o presente. A prática da atenção plena nos momentos simples, como em uma conversa, uma refeição especial ou uma paisagem, promove uma vida mais rica e significativa.
Acumular experiências, portanto, não é apenas uma alternativa ao consumo material, mas uma escolha capaz de transformar nossa trajetória. Em um mundo muitas vezes obcecado por posses, refletir sobre o que realmente enriquece nossas vidas pode nos conduzir a uma existência mais plena, na qual cada memória se torna parte essencial do que somos e do que deixaremos para o futuro.
“Da vida não quero muito… quero apenas saber que tentei tudo o que quis, tive tudo o que pude, amei tudo o que valia e perdi apenas o que, no fundo, nunca foi meu" Mário Quintana
Forte abraço e até a próxima!




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